quarta-feira, 29 de abril de 2020

Tudo o que eu deveria saber, aprendi no Jardim de Infância

Tudo que eu preciso mesmo saber sobre como viver, o que fazer, e como ser, aprendi no Jardim de Infância. A sabedoria não estava no topo da montanha mais alta, no último ano de um curso superior, mas no tanque de areia do pátio da escolinha maternal. Vejam o que aprendi:
  • Dividir tudo com os companheiros.
  • Jogar conforme as regras do jogo.
  • Não bater em ninguém.
  • Guardar os brinquedos onde os encontrava.
  • Arrumar a bagunça que eu mesmo fazia.
  • Não tocar no que não era meu.
  • Pedir desculpas se machucasse alguém.
  • Lavar as mãos antes de comer.
  • Apertar a descarga da privada.
  • Leite quente com biscoito faz bem à saúde.
  • Fazer de tudo um pouco: estudar, pensar e desenhar, pintar cantar e dançar, brincar e trabalhar; de tudo um pouco todos os dias.
  • Tirar uma soneca todas as tardes.
  • Ao sair pelo mundo, cuidado com o trânsito, ficar sempre de mãos dadas com o companheiro e sempre “de olho” na professora.
  • Pense na sementinha de feijão, plantada no copo de plástico: as raízes vão para baixo e para dentro, e a planta cresce para cima – ninguém sabe como ou porquê, mas a verdade é que nós também somos assim.
  • Peixes dourados, porquinhos-da-índia, esquilos, hamsters e até a semente do copinho de plástico – tudo isso morre. Nós também.
  • E lembre-se ainda dos livros de histórias infantis e da primeira palavra que você aprendeu, a mais importante de todas: “olhe”!
Tudo o que você precisa mesmo saber está por aí, em algum lugar. A regra de ouro, o amor e os princípios de higiene. Ecologia e política, igualdade e vida saudável.
Escolha um desses itens e o elabore em termos sofisticados de adulto; depois aplique-o à vida de sua família, ao seu trabalho, à forma de governo do seu país, ao seu mundo, e verá a verdade que ele contém clara e firme. Pense em quanto o mundo seria melhor se todos nós – o mundo inteiro – fizéssemos um lanche de biscoitos com leite às três da tarde e depois nos deitássemos, sem a menor preocupação, cada um em seu colchãozinho, para uma soneca. Ou se todos os governos adotassem como política básica a idéia de recolocar as coisas nos lugares que estavam quando foram retiradas; arrumar a “bagunça” que tivessem feito.
E é verdade, não importa quantos anos você tenha, ao sair pelo mundo, vá de mãos dadas e fique sempre “de olho” no companheiro.
Texto de Robert Fulghum

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