Nossa Primeira pergunta é: Como é que a Idade Média começou?
Bem, primeiro temos que levar em conta como a Antiguidade acabou, e para muitos historiadores, isto aconteceu quando o Império Romano do Ocidente caiu, isto é, quando Roma foi conquistada. Por mais incrível que possa parecer, antes mesmo do imperador Rômulo Augusto sucumbir ao ataque dos hérulos (tribo germânica comandada por Odoacro), muitos aspectos da vida econômica e social características da Idade Média, já vinham aos pouquinhos se estabelecendo. Vamos a eles:
1. O Império era o problema do Império
O Império Romano cresceu demais! Isto quer dizer que submeteu muitos povos. Para manter esses domínios, os romanos eram obrigados a manter tropas poderosas e permanentes. Só que essas tropas intervinham na política interna, o que significa que o exército era usado não só para submeter outros povos, mas também lutava contra as províncias romanas que se rebelavam; como os romanos estavam brigando com eles mesmos, o império foi se enfraquecendo.


Por isso, os militares e os burocratas foram se tornando cada vez mais poderosos, principalmente no governo de Sétimo Severo. Então... Se cresciam os órgãos burocráticos, cresciam também as
despesas, cresciam as emissões de moeda... No século III, as moedas que eram de ouro passaram a ser de prata, depois de metais não-nobres banhados a prata. O povo então começou a estocar as moedas que eram mais valiosas em casa e passou a fazer uso das de metais não-nobres.
Desde aquela época, muitas pessoas consideram a classe militar improdutiva. Em Roma até poderia ser, pois na verdade nada produziam. Atualmente os militares não são improdutivos, boa parte da tecnologia que utilizamos foi desenvolvida por eles e depois passou também a ser utilizada por civis; exemplo: internet, radares, lançadores de mísseis, os quais possibilitaram o lançamento de satélites... A produtividade não dos militares não é do mesmo tipo de produtividade que os civis estão acostumados, mas não é inexistente.
2. Aumento dos impostos
No fim do século II, iniciou-se um processo de aumento de impostos. Nos séculos seguintes, a carga tributária continuou alta o que desestimulou as atividades econômicas, aumentando a pobreza e incentivando pessoas de todas as classes sociais a achar meios de fugir do pagamento de impostos.

Desde aquela época, muitas pessoas consideram a classe militar improdutiva. Em Roma até poderia ser, pois na verdade nada produziam. Atualmente os militares não são improdutivos, boa parte da tecnologia que utilizamos foi desenvolvida por eles e depois passou também a ser utilizada por civis; exemplo: internet, radares, lançadores de mísseis, os quais possibilitaram o lançamento de satélites... A produtividade não dos militares não é do mesmo tipo de produtividade que os civis estão acostumados, mas não é inexistente.
2. Aumento dos impostos

3. Crise do modo de produção
A estrutura sócio-econômica sempre se baseou no trabalho escravo, mas no século III o número de escravos começou a cair, tanto por causa da baixa natalidade quanto pelo fim das conquistas. Os preços dos escravos aumentaram tanto que os romanos começaram a comprar escravos dos bárbaros...
Os problemas do trabalho escravo eram que:
1º por ser forçado tinha baixo rendimento
2º não havia preocupação em se desenvolver instrumentos que facilitassem o trabalho e nem técnicas que aumentassem a produção.
Resumindo: aumento da burocracia e do exército + aumento progressivo dos impostos + crise de mão-de-obra= declínio econômico e a maior crise político -militar da história de Roma!
Tá legal, é verdade que no início do século IV houve uma curta prosperidade, pois a partir do governo de Diocleciano, o Estado romano passou a intervir na sociedade e na economia: diminuiu a violência dos castigos dos escravos, proibiu a cobrança de juros extorsivos, combateu a inflação e o aumento dos preços com a Lei do Máximo (fixava preços e salários) e por fim, para melhorar

É aí você me pergunta “colonato? O que é isso? Como é que funcionava?” Simples: os grandes proprietários continuavam explorando diretamente a maior parte de suas terras, mas arrendavam lotes de terra a camponeses (coloni) que, por dependerem do grande senhor economicamente e em questões de segurança, entregavam-lhe parte de sua produção.
Com o desaparecimento progressivo dos escravos no campo, e com a fixação dos colonos à terra, sob o controle e proteção dos senhores de terra originou-se a servidão, cujos trabalhadores semilivres, que predominaram durante a Idade Média.

Por fim, o fim!
Desde o século III, mas sobretudo a partir do século IV os bárbaros penetraram lenta e pacificamente no Império Romano, tornando-se trabalhadores, proprietários de terras ou militares. Muitas vezes povos inteiros foram autorizados a se estabelecerem em certas regiões do Império. Por terem assinado tratados com Roma, eram chamados de federados.
Desde o século III, mas sobretudo a partir do século IV os bárbaros penetraram lenta e pacificamente no Império Romano, tornando-se trabalhadores, proprietários de terras ou militares. Muitas vezes povos inteiros foram autorizados a se estabelecerem em certas regiões do Império. Por terem assinado tratados com Roma, eram chamados de federados.
Porém, muitos povos provenientes da Ásia, que eram chamados de bárbaros (entre eles os germânicos) ainda habitavam as proximidades dos limites romanos. No século V, a partir dos anos de 405 e 406, houve uma fuga violenta dos bárbaros para dentro do Império. O que provocou essa fuga? O deslocamento dos hunos rumo ao Ocidente. Este povo de cavaleiros habilidosos era originário do norte da China. Não se sabe ao certo o que provocou a sua ida para a Europa. Alguns historiadores defendem a teoria de que simplesmente fugiam do ressecamento das pastagens e das mudanças climáticas. Outros defendem que foram, por causa do clima e das pastagens, atacados pelo Império Chinês. Qualquer que seja o motivo, o fato é que atravessaram as estepes russas.

Como você pôde perceber, as estruturas sócio-econômicas da Idade Média, muito antes dela começar, já existiam. Isso porque “as civilizações morrem como pegamos no sono: sem perceber”. As mudanças ocorreram muito lentamente, avançaram, recuaram, coisas novas e velhas se misturaram; o ano de 476 foi usado como marco, um símbolo do fim da Antiguidade e começo da Idade Média.
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