quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

império Bizantino I

Bem, nós já vimos que desde o século III Roma tentava lidar com a crise, tanto do sistema de produção (que era escravista, e cada vez mais Roma tinha menos escravos), quanto dos gastos excessivos do Estado e também da instabilidade político militar. Essa crise foi atenuada pelas reformas de alguns imperadores, mas não foi o bastante porque não eliminaram as causas dos problemas da sociedade romana, nem a anarquia político-militar.

Para piorar, desde o III que a parte Ocidental do Império sofria com a crise as invasões, as quais continuaram no século IV, tornando o Ocidente cada vez mais decadente, enquanto o Oriente prosperava. Isso explica a atitude do imperador Constantino, em 324, de ordenar a construção da cidade de Constantinopla, originalmente Bizâncio, um porto grego no Bósforo. A cidade comunicava-se bem “pra caramba” com o mar Mediterrâneo e o Mar Negro, e isso favoreceu o crescimento do comércio e da própria cidade, cuja maior parte, não sei bem quanto, mas acredito que ¾, estava rodeada pelo mar e a parte terrestre era protegida por muralhas. Constantinopla tornou-se também a capital administrativa da parte oriental do Império. Apesar de o imperador Diocleciano ter dividido o império em duas regiões administrativas em 286, oficialmente, o Império Romano do Oriente, da qual Constantinopla tornou-se capital, separou-se do Império Romano do Ocidente em 395, pouco antes da morte do Imperador Teodósio, isso porque esse cara repartiu o Império entre os seus dois filhos.

Deste modo tem inicio o Império Romano do Oriente, que ficou mais conhecido como Império Bizantino. Como se pode ver no mapa, a Península Balcânica, a Ásia Menor, a Síria, a Palestina e a Líbia compreendiam o território bizantino.














Já o Império Romano do Ocidente compreendia os territórios de atuais países europeus e africanos: parte da Inglaterra, França, Península Ibérica, Bélgica, Holanda,Itália e a parte Ocidental do norte da África.

Nos fins do séc. IV, O Ocidente enfrentava o declínio econômico, e como não tinha mais escravos como antes, a produção caía, e por esses motivos importava cada vez mais produtos do Oriente, com a balança comercial ocidental acumulando déficits (diferença entre receita e despesa, prejuízo) e ficando com as reservas de metais preciosos esgotadas. O governo tentou dar uma disfarçada e fez umas moedas de cobre banhadas a prata para aumentar a circulação, mas não deu muito certo porque a inflação começou a crescer sem parar... Junte a isso a corrupção, as revoltas populares, dos soldados, as invasões...

Já o Império do Oriente, preservado dessas dificuldades continuou a existir por mais mil anos, somente em 1453, com a invasão de Constantinopla pelos turcos otomanos, chegou ao fim. A idéia é que esse Império fosse ser uma espécie de continuação do Antigo Império Romano. É verdade que deu continuação as tradições greco-romanas durante a Idade Média, apesar de ligeiramente modificadas por influências orientais.

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